Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (09/09/2022), mostraram que a inflação no país registrou queda de 0,36% em agosto. Chamado de Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o número computou queda pelo segundo mês consecutivo e foi o menor para o período desde 1998.
Assim como em julho, o resultado de agosto foi influenciado principalmente pela queda no preço dos combustíveis, que fez com que o grupo dos Transportes registrasse -3,37%, contribuindo com -0,72 ponto percentual (p.p.) no índice do mês. Além disso, o grupo Comunicação (-1,10%) também recuou, com impacto de -0,06 p.p.
Em Saúde e cuidados pessoais (1,31%), as principais contribuições do mês vieram dos itens de higiene pessoal (2,71%) e do plano de saúde (1,13%). Já no grupo de Educação foi registrada alta de 0,61%, enquanto a Habitação computou 1,69%, cifra influenciada pela baixa no preço de energia elétrica e do gás encanado.
Em relação ao segmento de Alimentação e bebidas (0,24%), o resultado no domicílio (0,01%) ficou próximo da estabilidade. Houve altas em componentes importantes na cesta das famílias, como frango em pedaços (2,87%), queijo (2,58%) e frutas (1,35%). Por outro lado, ocorreram quedas expressivas nos preços do tomate (-11,25%), da batata-inglesa (-10,07%) e do óleo de soja (-5,56%).
A variação da alimentação fora domicílio, por sua vez, foi de 0,89% e ficou próxima à do mês anterior (0,82%). Enquanto a refeição passou de 0,53% para 0,84%, o lanche desacelerou de 1,32% para 0,86%.
A maior variação positiva no IPCA de agosto veio do grupo Vestuário (1,69%). Após desacelerarem na passagem de junho para julho, os preços voltaram a subir de forma mais intensa em agosto. Os destaques foram as roupas femininas (1,92%), masculinas (1,84%) e os calçados e acessórios (1,77%).
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