O governo brasileiro anuncia que, na condição de presidência do Conselho de Segurança da ONU, convocou uma reunião de emergência do órgão para lidar com a crise palestina. A presidência brasileira ocorre durante o mês de outubro e, entre as funções, está a de determinar a agenda do Conselho, em consultas com os demais membros.
O encontro ocorrerá já neste domingo (08/10/2023) e, diante da gravidade da situação, a reunião será fechada. De acordo com diplomatas do alto escalão, as principais potências preferiram que o debate não seja público, justamente por conta da volatilidade da crise e ainda da falta de detalhes sobre a realidade em Gaza.
As reuniões são fechadas apenas quando o cenário é considerado de extrema gravidade e risco para segurança internacional.
Numa nota divulgada pelo Itamaraty, o governo brasileiro “condena a série de bombardeios e ataques terrestres realizados hoje em Israel a partir da Faixa de Gaza”. A chancelaria ainda “expressa condolências aos familiares das vítimas e manifesta sua solidariedade ao povo de Israel”.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva havia rompido com a postura do ex-presidente Jair Bolsonaro, de se alinhar completamente ao posicionamento de Israel. Nos últimos quatro anos, o Brasil abandonou sua tradicional postura de apoio aos palestinos e foi um dos poucos países do mundo a votar ao lado de Israel na ONU. Com o governo Lula, houve um reposicionamento do Brasil, retornando à tradição que marcou a chancelaria por décadas.
Na nota publicada neste sábado, portanto, o governo brasileiro não deixa de condenar o Hamas. Mas insiste que a segurança precisa ocorrer para ambos os lados.
*Informações do UOL Notícias
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