O Itamaraty está negociando com autoridades britânicas a presença de um tradutor para acompanhar o presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama Michelle Bolsonaro nos eventos oficiais dos quais vão participar em Londres. Nem os seguranças do presidente têm permissão para acompanhá-lo nas celebrações da Família Real.
Bolsonaro chega a Londres na manhã de domingo (18/09), quando visitará o parlamento britânico, onde está sendo velado o corpo de Elizabeth II. À noite, ele participa de uma recepção de Palácio de Buckingham como o Rei Charles III a todas as estrangeiras que providenciam o funeral.
Na segunda-feira (19/09/2022), além da celebração na Abadia de Westminster, Jair Bolsonaro participará de uma outra recepção pelo governo britânico às comitivas do exterior. Nestes eventos, a segurança do chefe do Estado brasileiro será feita pelos britânicos. A segurança brasileira estará presente em deslocamentos e no lugar onde presidente vai se hospedar.
Nem Jair Bolsonaro, nem sua esposa falam inglês. Por isso, o Itamaraty considera uma das questões mais importantes a serem resolvidas. O funeral da Rainha tornou-se um dos eventos da maior representatividade diplomática das últimas. São esperados cerca de 500 chefes de governo e seus representantes. A menos de duas semanas no cargo, a estreia britânica Liz Truss terá nos próximos dias agenda cheia que, por enquanto, não inclui o presidente brasileiro.
Neste sábado (17/09/2022), a estreia será recebida da Austrália, Anthony Albanese e da Nova Zelândia, Jacinda Ardern. Amanhã, vai se reunir com os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, da Polônia, Andrzej Duda e com os primeiros ministros da Irlanda, Micheál Martin e Canadá, Justin Trudeau.
Em encontros bilaterais, em que dois chefes de governo horários encontram-se formalmente com horários e lugares marcados, sempre há presença de tradutores, quando eles são próximos de tradutores. Nas recepções e celebrações onde Bolsonaro será profissional apenas da esposa, não será este acompanhado, a não poderá reverter a decisão dos britânicos.
Desde a redemocratização, nenhum presidente dispensou os tradutores, mesmo brasileiro para conversas em inglês, o idioma mais usado nos meios diplomáticos. Fernando Henrique Cardoso era mais fluente em francês.
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