O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste domingo (25/02/2024) que um golpe de Estado se faz com “tanque na rua, arma e conspiração” e não com a “Constituição”. O argumento, que citou a “minuta do golpe”, fez parte do discurso do ex-presidente para se defender de acusações de que planejou um golpe de Estado quando ainda estava no poder e tinha sido derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas, em 2022.
A “minuta do golpe” foi um documento encontrado pela Polícia Federal na casa do ex-ministro Anderson Torres e na sede do PL e que é visto como uma evidência do planejamento de um golpe.
Em um discurso mais brando, sem ataques diretos a nenhuma instituição, Bolsonaro disse: “Golpe é tanque na rua, é arma, é conspiração. Nada disso foi feito no Brasil. Por que continuam me acusando de golpe? Porque tem uma minuta de estado de defesa. Golpe usando a Constituição? Deixo claro que estado de sítio começa com presidente convocando conselho da República. Isso foi feito? Não.”
O ex-presidente começou o discurso no ato na Avenida Paulista, em São Paulo, dizendo que “o povo brasileiro não merece viver o que está vivendo neste momento, onde poucos causam muitos males”.
O ex-presidente fez um retrospecto da atuação dele na política, agradeceu aos que compareceram no evento e disse que a manifestação contribui para uma“ fotografia está sendo inédita para o mundo inteiro”. Bolsonaro também falou sobre uma suposta “perseguição” política que sofreu durante o tempo em que foi presidente da República. Inelegível, o ex-presidente disse que “não se pode para tirar alguém da eleição sem motivos justos”.
Bolsonaro também pediu empenho do Congresso Nacional para formulação de uma lei para anistiar os presos nos atos de 8 de janeiro. “Um projeto de anistia para que seja feita justiça no Brasil, e quem depredou o patrimônio que pague, mas essas penas fogem a razoabilidade” defendeu.
O ex-presidente mencionou a derrota eleitoral de 2022 dizendo que deve ser considerada “página virada”, mas defendeu que em outubro deste ano, os eleitores devem “caprichar” na escolha de prefeitos e vereador para se preparar para 2026.
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