Com 316 casos de violência contra a mulher, a Bahia teve, em 2022, a maior taxa de crescimento nos números desse tipo de crime. A variação foi de 58% quando comparado ao ano anterior, quando o estado registrou 200 casos de violência contra a mulher. Os dados fazem parte do terceiro relatório “Elas Vivem: dados que não se calam”, elaborado pela Rede de Observatórios da Segurança, lançado nesta semana.
Fazem parte dos crimes classificados como violência contra a mulher: tentativa de feminicídio/agressão física; feminicídio; homicídio; violência sexual/estupro; tortura/cárcere privado/sequestro; agressão verbal/ameaça; tentativa de homicídio; transfeminicídio, bala perdida e outros.
Em números absolutos, a Bahia é o terceiro estado no ranking do maior número de feminicídios. Com 91 casos registrados, o estado fica atrás apenas de São Paulo, com 109 casos, e Rio de Janeiro, que registrou 103 feminicídios.
Em 2022, 495 mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil. Isso corresponde a uma média de mais de uma morte por dia. A maior parte dos casos (75%) tem registros de companheiros e ex-companheiros das vítimas como autores dos crimes. As principais motivações são brigas e términos de relacionamento.