Neste sábado (11/09/2021), exatos vinte anos depois de ter realizado seus mais mortíferos atentados, em 11 de setembro de 2001, e mais de uma década após seu fundador e líder supremo, Osama Bin Laden, ter sido morto pelo governo americano, a rede terrorista Al Qaeda luta para sobreviver.
Longe de ter sido vencida pela “guerra ao terror” promovida pelos Estados Unidos, a organização jihadista conta atualmente com combatentes em pelo menos 15 das 34 províncias do Afeganistão, principalmente na fronteira com o Paquistão, e no próprio país vizinho, segundo o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). O relatório aponta ainda presença significativa da Al Qaeda na Síria e na África.
Com a retomada do Afeganistão por parte do Talibã, que quando governou o país pela primeira vez, entre 1996 e 2001, abrigou líderes, combatentes e campos de treinamento da Al Qaeda, a comunidade internacional teme que o território afegão volte a servir aos interesses da rede terrorista.
Mas analistas de geopolítica ponderam que, na busca por reconhecimento internacional, traduzido em última instância em ajuda financeira externa para seu governo, o Talibã poderá não ser tão tolerante e amistoso em relação à Al Qaeda como no passado.
Além do Ocidente, Rússia e China também têm interesse em coibir o jihadismo internacional. Os russos, para evitar a radicalização de ex-repúblicas soviéticas com as quais faz fronteira, sob sua esfera de influência imediata; e os chineses, para evitar que a região de Xinjiang, lar dos muçulmanos uigures, se radicalize.
*Informações do site CNN Brasil
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