Os policiais federais elevaram o tom nas negociações com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por aumento salarial e mudanças nos planos de carreira, e marcaram para esta quinta-feira (16/11/2023) uma manifestação nacional.
Na sede da PF em Brasília e na frente das superintendências nos estados, o sindicato organizou protestos, para a manhã desta quinta-feira. Na data é comemorado o Dia do Policial Federal. Em Brasília, o protesto começa na frente da PF e segue até o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
“Esperamos com isso chamar a atenção para uma situação que se arrasta sem uma razão convincente, visto que a proposta foi chancelada pelo próprio governo federal. Entretanto, mesmo diante desse fato histórico, o Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos ainda não apresentou os meios necessários à sua execução”, informou o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Marcus Firme dos Reis, em nota da entidade.
Greve branca
Segundo a Fenapef, “várias atividades da PF em todo o país serão afetadas” com a greve branca da categoria.
Os policiais federais e servidores da PF pedem reestruturação das carreiras e atualização salarial. A categoria acusa o governo federal de “falta de compromisso” com a carreira. O alvo principal é a ministra Esther Dweck, da Gestão e da Inovação.
O ministério informou à categoria que ainda não teria encontrado uma solução para a implementação da reestruturação das carreiras, policial e administrativa, da PF.
Para as entidades de classe, o aumento de trabalho da PF reforça a necessidade de um acordo. A Fenapef cita o aumento “da demanda de atividades da Polícia Federal, como o lançamento do Programa de Ação na Segurança (PAS), que inclui um decreto de regulamentação de armas de fogo que transfere a competência de fiscalização dessa atividade do Exército para a PF, e, mais recentemente, a realização da segurança presidencial e o Decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO)”.
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