O presidente da Tunísia, Kais Saied, anunciou na noite deste domingo (25/07/2021) a suspensão das atividades do Parlamento e a demissão do primeiro-ministro, Hichem Mechichi. A decisão ocorre após fortes protestos populares no país contra o governo.
Segundo o site UOL Notícias, Saied anunciou as medidas citando o artigo 80 da Constituição, após reunião de emergência no palácio presidencial de Cartago. A Tunísia enfrenta forte onda da covid-19 e profunda crise política que paralisa o país há meses.
A decisão foi comemorada por parte da população.
Protestos
Polícia e manifestantes entraram em confronto em várias cidades da Tunísia neste domingo. Os manifestantes, que exigem a renúncia do governo e atacaram escritórios do Ennahda, o partido islâmico moderado que é maioria no Parlamento.
Testemunhas disseram que os participantes dos protestos invadiram ou tentaram invadir as sedes do Ennahda nas cidades de Monastir, Sfax, El Kef e Sousse, enquanto em Touzeur eles incendiaram o escritório local do partido.
Os protestos são os maiores na Tunísia em meses e os maiores contra o Ennahda em vários anos. Os atos foram convocados por ativistas via redes sociais. Nenhum partido político apoiou publicamente as manifestações.
Em Túnis, a polícia usou spray de pimenta contra os manifestantes, que atiraram pedras e gritaram slogans exigindo a renúncia do primeiro-ministro Hichem Mechichi e a dissolução do Parlamento. Houve outros grandes protestos em Gafsa, Sidi Bouzid e Nabeul.
Localizada no norte da África, a Tunísia é banhada pelo Mar Mediterrâneo e faz fronteira com a Argélia, a oeste, e com a Líbia, a leste. O país tem aproximadamente 12 milhões de habitantes.
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