O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros, dentre eles Sônia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas, participaram do encerramento do Acampamento Terra Livre 2023, nesta sexta-feira (28/04/2023). Na ocasião, Lula assinou os decretos de homologação de seis terras indígenas, em seis estados brasileiros. Desde 2018, são as primeiras TI demarcadas (veja mais abaixo quais são as terras).
Lula fez uso da palavra e afirmou que vai cumprir todas as promessas de campanha voltadas para os povos originários. Também disse ser preciso respeitar os hábitos, os costumes e a tradição do povo indígena e que vai fazer nesses quatro anos mais do que nos oito anos que governou o Brasil pela primeira vez (2003-2010).
Demarcação
Lula disse que a ministra Sônia trabalha com “muito carinho e dedicação” pela demarcação das terras. Ainda afirmou que não quer deixar nenhuma terra indígena não demarcada ao terminar o mandato. O presidente se referiu a isso como “o compromisso que eu tenho e que eu fiz com vocês na campanha”.
“Não só porque é um direito de vocês, mas se a gente quer chegar em 2030 com desmatamento zero na Amazônia, a gente vai precisar de vocês como guardiões da floresta”, também disse.
Crise Yanomami
O presidente ainda lembrou a crise Yanomami, que veio à tona no início do ano, e disse que nunca imaginou que existisse um governo que poderia deixar pessoas chegarem “àquelas condições”. “Pessoas que quase não podiam levantar de fome, criança com o braço com a grossura de um dedo por falta de comida”, lembrou.
Lula recriminou a situação dos Yanomami e disse que isso não pode acontecer no país que é o terceiro produtor de alimento no mundo, e que não há explicação o Brasil ter 33 milhões de pessoas passando fome. “A gente não pode deixar repetir o que aconteceu com os Yanomami, em Roraima, com nenhum povo indígena”, falou.
Preservação da floresta
O presidente também afirmou que é preciso convencer a sociedade brasielira que a floresta em pé vale mais para o país que ela desmatada.
“Uma árvore em pé vai produzir mais para esse país que tentar derrubar para plantar soja. Nós temos mais de 30 milhões de hectares de terras degradadas que podem ser recuparadas e nesta terra pode dobrar a produção agricola sem mexer com indígena, sem poluir nossa água e e sem precisar derrubar nossa floresta”, disse.
Lula ainda apontou que quer terminar o mandaro com indígenas sendo respeitados e tratados “com toda a dignidade”, tal qual todo brasileiro. Para ele, “a gente deve criar consciência que os indígenas não devem favor a nenhum outro povo, a nenhuma outra raça”.
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