O Papa Francisco voltou a falar sobre a guerra na Ucrânia e afirmou que o conflito militar representa uma derrota para toda a população mundial. Em discurso após a oração matinal de domingo (27/03/2022), no Vaticano, o pontífice apelou, mais uma vez, por negociações imediatas de paz e disse que o mundo “não deve se acostumar com o cenário de guerra”.
“Mais de um mês se passou desde o início da invasão da Ucrânia, desde o início desta guerra cruel e insensata que, como qualquer guerra, representa uma derrota para todos, para todos nós. É preciso repudiar a guerra, um lugar de morte onde pais e mães sepultam seus filhos, onde homens matam seus irmãos sem sequer tê-los visto, onde os poderosos decidem e os pobres morrem”, disse.
Francisco também ressaltou que os conflitos militares não destroem apenas o presente, mas também o futuro de uma sociedade. “Li que desde o início da agressão contra a Ucrânia, uma a cada duas crianças foi deslocada do país. Isto significa destruir o futuro, causando traumas dramáticos nas crianças. Esta é a brutalidade da guerra, um ato bárbaro e sacrílego”, frisou o Papa.
Ele ressaltou ainda que a comunidade internacional não deve se acostumar com a guerra e que todos devem “converter a indignação de hoje para o compromisso de amanhã”. Segundo o pontífice, caso a humanidade não entenda que chegou a hora de abolir os conflitos militares, a destruição dos combates fará com que o homem seja apagado da história.
“Peço a todos os líderes políticos que reflitam sobre isso, que se comprometam com isso! E olhando para a Ucrânia martirizada, entender que cada dia de guerra torna a situação pior para todos. Chega, pare, calem-se as armas, que se negocie seriamente pela paz”, apelou Francisco.
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