O Ibovespa, principal índice da B3, registrou forte queda na tarde desta 5ª feira (21/10/2021), chegando a despencar mais de 4,3%. Às 15h30, a bolsa operava aos 106.963 pontos, registrando queda de 3,45%. Também nesta tarde, o dólar era negociado a R$ 5,64.
O mau humor do mercado é reflexo do anúncio de um novo programa social do governo. Na quarta-feira (20/10/2021), o ministro da Cidadania, João Roma, declarou que o Bolsa Família teria um reajuste de 20% e que as famílias assistidas receberiam temporariamente um acréscimo para que o valor chegasse a R$ 400. Roma não explicou, contudo, qual a origem dos recursos.
Além disso, a queda da bolsa e a alta do dólar também foram influenciadas pelas declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que o governo poderia pedir uma “licença” para gastar e estourar o teto de gastos.
A conta do Auxílio Brasil será de R$ 75 bilhões até o final de 2022. As despesas se referem ao reajuste de 20% em cima do valor do atual tíquete médio do Bolsa Família (hoje em R$ 189) mais o complemento para que o valor total chegue aos R$ 400 até dezembro do ano que vem, como quer o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
No caso do reajuste de 20%, cálculos iniciais apontam para uma despesa do valor total de R$ 47 bilhões até 2022 – tal recurso já está previsto no orçamento e se refere a um aumento do benefício do Bolsa Família, que, segundo integrantes do governo, estaria defasado desde o final do governo Michel Temer, em 2018.
O complemento para que o valor chegue aos R$ 400 levaria a uma despesa de R$ 28 bilhões. A fonte de recursos ainda está indefinida, e uma das possibilidades é ajustar a PEC dos Precatórios, prevista para ser votada nos próximos dias. O texto incluiria a chance de pagamentos de benefícios temporários.
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