A ideia de deflagrar uma cobrança pública sobre a Petrobras partiu das lideranças do núcleo duro do Centrão, mais próximo ao presidente Jair Bolsonaro, como o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o presidente da Câmara, Arthur Lira, segundo interlocutores dos dois políticos.
Segundo fontes do site CNN Brasil, eles fizeram a leitura política de que o aumento do preço do combustível é hoje um dos pontos que tem corroído a imagem do governo nas pesquisas internas que chegam ao Palácio do Planalto.
Foi esse o principal motivo pelo qual Lira, com aval de Ciro, teria desenhado uma estratégia de tentar tirar do colo do presidente o peso político pelo preço do combustível e dar algum tipo de satisfação para a sociedade de que algo está sendo feito.
O objetivo seria tentar mostrar que se trata de um problema complexo, que não existe vilão e que não há soluções simples. Ao mesmo tempo, tentar buscar uma saída.
O grupo teme que o aumento da inflação, bem representado no preço do combustível, seja um dos principais fatores a dificultar a reeleição de Bolsonaro em 2022 e que recaia também sobre os partidos que formam a base principal do governo, como o PP de Lira e Ciro.
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