A Petrobrás informou nesta segunda-feira (05/07/2021) que vai subiu os preços da gasolina e do óleo diesel a partir desta terça (06), isso ocorre pela primeira vez desde que o general Joaquim Silva e Luna assumiu a presidência da empresa, em abril deste ano. A gasolina vai ficar 6% mais cara, nas refinarias, a partir de amanhã, e o óleo diesel, 3,7%.
O reajuste acontece após meses consecutivos de alta do preço do petróleo, insumo utilizado pela Petrobrás. A estatal nega, no entanto, que estivesse segurando os preços dos combustíveis automotivos para ajudar o governo.
O valor do gás liquefeito de petróleo (GLP), conhecido como gás de cozinha, também ficou mais caro, 6%. Essa é a sexta vez, no entanto, que o produto é reajustado.
A empresa diz que continua cobrando valores equivalentes aos dos importadores, que concorrem com ela pelo fornecimento interno. Os critérios de reajuste seriam as variações da commodity nas principais bolsas de negociação e também do real frente ao dólar.
Além disso, a Petrobrás considera os custos logísticos dos seus competidores, que pagam pelo frete do navio para transportar os combustíveis até o Brasil e pela infraestrutura de armazenamento e escoamento dos produtos no mercado interno.
Ao mesmo tempo, a empresa diz que não pretende repassar para os consumidores volatilidades momentâneas provocadas por eventos pontuais no mercado internacional. Por isso, os reajustes da gasolina e do diesel estariam acontecendo em prazos mais longos, na atual gestão, segundo a empresa.
“O alinhamento dos preços ao mercado internacional é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras”, afirma a Petrobrás, em nota.
Os argumentos da Petrobrás são, no entanto, refutados pela Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom). Segundo a entidade, a empresa acumulava uma defasagem elevada até anunciar o reajuste, nesta segunda-feira (05/07/2021). O preço da gasolina estaria 12% abaixo dos do mercado internacional e o do diesel com 7,3% de diferença. Essa política estaria impedido a competição interna, de acordo com a associação.
“As defasagens calculadas pela Abicom não foram eliminadas, mas o anúncio de reajustes pela Petrobrás foi uma boa sinalização para o mercado”, afirmou Sérgio Araújo, presidente da Abicom.
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