O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, informou, na noite de domingo (03/04/2022), que criou um mecanismo especial de justiça para investigar e julgar todos os crimes cometidos contra a população local por membros do exército russo. Segundo ele, o novo grupo contará com profissionais nacionais e internacionais, sendo investigadores, promotores e juízes.
“O Ministério das Relações Exteriores, a Procuradoria-Geral da República, a Polícia Nacional, o Serviço de Segurança, a inteligência e outras estruturas, de acordo com sua competência, devem direcionar todos os esforços para garantir que o mecanismo funcione imediatamente. Isso ajudará a Ucrânia e o mundo a levar a responsabilidade para aqueles que desencadearam ou de alguma forma participaram desta guerra contra o povo ucraniano e em crimes cometidos contra o nosso povo”, afirmou.
A declaração de Zelensky acontece menos de um dia após as tropas ucranianas entrarem 410 cadáveres de civis em cidades onde as forças russas recuaram. Em Bucha, por exemplo, 280 corpos teriam sido encontrados em valas comuns. “O mundo já viu muitos crimes de guerra. Em momentos diferentes, em diferentes continentes. Mas é hora de fazer de tudo para fazer dos crimes de guerra dos militares russos a última manifestação de maldade na Terra”, frisou o líder ucraniano.
Apesar das acusações, Moscou nega ter atacado civis e que as imagens divulgadas são uma provocação das autoridades da Ucrânia. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse ainda que, enquanto as cidades estavam sob ocupação russa, os moradores podiam circular livremente e usar celulares, e que o caminho estava livre para quem quisesse seguir em direção ao norte do país.
Zelensky afirma, no entanto, que a descoberta deve resultar na imposição de novas sanções contra a economia de Moscou, mas que outras medidas também devem ser implementadas para punir o “comportamento político que permitiu a brutalidade” durante os combates militares.
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