Um ataque rebelde iemenita a uma usina de petróleo saudita provocou um grande incêndio perto do circuito de Fórmula 1 de Jeddah durante os treinos na sexta-feira (25/03/2022), parte de uma onda de ataques às instalações da Aramco.
A fumaça subiu perto do circuito e os motoristas reclamaram do cheiro no mais visível dos 16 ataques de drones e mísseis reivindicados pelos rebeldes apoiados pelo Irã em todo o país.
A onda de ataques ocorre antes do sétimo aniversário da intervenção militar de uma coalizão liderada pela Arábia Saudita contra os huthis no Iêmen, um país em meio a uma grande crise humanitária.
Os preços do petróleo dispararam desde que a invasão da Ucrânia pela Rússia provocou temores de oferta, levando as potências ocidentais a implorar aos países da Opep que aumentem a produção.
Os ataques tiveram como alvo “instalações da Aramco em Jeddah e instalações vitais na capital do inimigo saudita, Riad”, tuitou o porta-voz militar huthi Yahya Saree.
Instalações da gigante petrolífera Aramco também foram atacadas em Jizan, Najran, Ras Tanura e Rabigh com “um grande número de drones”, acrescentou.
A coalizão liderada pela Arábia Saudita que luta contra os rebeldes apoiados pelo Irã confirmou o ataque à usina de petróleo de Jeddah.
“Eles estão tentando impactar o centro nervoso da economia mundial”, disse a coalizão em comunicado. “Esses ataques não têm impacto na vida em Jeddah”, acrescentou.
O campeão mundial da Red Bull, Max Verstappen, disse que podia sentir o cheiro das chamas enquanto dirigia nas sessões de treinos que foram transmitidas ao vivo ao redor do mundo.
“Eu posso sentir cheiro de queimado… é o meu carro?” o holandês perguntou pelo rádio da equipe.
Depois de três horas e quarenta minutos de reunião, os pilotos da “Fórmula 1” decidiram manter o “GP da Arábia Saudita” marcada na cidade atacada, e será realizado neste domingo (27/03/2022), porém muita coisa poderá mudar daqui para lá.
Os ataques rebeldes também incluíram uma estação elétrica em Jizan, na fronteira com o Iêmen, que foi incendiada.
A coalizão liderada pela Arábia Saudita interveio para apoiar o governo internacionalmente reconhecido do Iêmen em 2015, depois que os rebeldes tomaram a capital Sanaa no ano anterior.
A guerra matou centenas de milhares direta ou indiretamente e deixou milhões à beira da fome no que a ONU chama de pior catástrofe humanitária do mundo.
A Arábia Saudita, um dos maiores exportadores de petróleo do mundo, alertou esta semana que os ataques rebeldes representam uma “ameaça direta” aos suprimentos globais.
A Arábia Saudita “não incorrerá em qualquer responsabilidade” pela escassez de suprimentos de petróleo à luz dos ataques huthis apoiados pelo Irã, disse o Ministério das Relações Exteriores.
A declaração na segunda-feira veio um dia depois que o reino reconheceu uma queda temporária na produção depois que os Huthis atacaram uma refinaria com um drone armado.
Confiram o momento do ataque:
Mísseis lançados pelos houthis do Iêmen causaram um grande incêndio nas instalações petrolíferas sauditas na cidade de Jeddah. pic.twitter.com/HOIBm7JijH
— Hoje no Mundo Militar (@hoje_no) March 25, 2022
*Informações dos sites France24 e o UOL Esporte
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