Jaques Wagner estava ontem que era todo cortesia para o lado de João Leão: ‘Me desculpe, Leãozinho’; e aí também botou ‘Cacazinho’, referindo-se a Cacá Leão, deputado federal, tudo com o leite já derramado. E carimbou uma pergunta que deixou os jornalistas baianos perplexos: como pode ele ter sido tão amador?
Uma das queixas principais de Leão: as tratativas que vinham sendo feitas foram deixadas de lado, e ele tomou conhecimento da chapa anunciada por Wagner pelo rádio, ouvindo o programa de Mário Kértesz. Resultado: entrou água – ou o leite já está derramado. O fato uniu o PP. Prefeitos e deputados acham que ele foi escanteado ou alijado.
Devolvendo
Na segunda-feira (7), o dia da entrevista de Wagner, Leão e o PP decidiram silenciar. Publicamente e nos bastidores, articularam a posição que envolve as bancadas federal e estadual. E quando soltaram a nota, era assunto discutido com todos. Em suma, fez o jogo político clássico, o de combinar com a torcida, o que Wagner sabe fazer e não fez.
Tem chance de reverter? De quatro pessoas com as quais conversamos, três disseram que não. A opção é mesmo ACM Neto. E um, talvez.
Um deles ainda ironizou. Disse que Wagner 16 anos atrás articulou bem a derrubada de ACM, e agora é o agente principal de atos e fatos que podem resultar na devolução a outro ACM, o neto. Ele chutou o balde para impor o PT na cabeça da chapa e acabou chutado.
Por Levi Vasconcelos