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Em discurso anual, Putin critica Otan e EUA, e anuncia suspensão do acordo de controle de armas nucleares

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta terça-feira (21/02/2023) que não está lutando contra os cidadãos ucranianos, mas sim contra “o regime neonazista que se instalou em Kiev”, capital da Ucrânia. Putin acusou a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) — composta pelos Estados Unidos e por países europeus — de querer destruir seu país e fez novas ameaças.

“Um ano atrás, para proteger as pessoas nas nossas terras históricas, para garantir a segurança do nosso país, para eliminar a ameaça do regime neonazista que se desenvolveu na Ucrânia após o golpe de 2014, foi decidido realizar uma operação militar”, afirmou o presidente russo, em raro discurso presencial.

Poucos dias antes do conflito completar um ano, Putin disse que a guerra continuará e que é impossível derrotar seu país no campo de batalha. O presidente ainda declarou que o Ocidente começou a guerra e a Rússia estava tentando terminá-la. Disse que gostaria de encerrar o confronto pacificamente.

“As elites ocidentais não estão tentando esconder seus objetivos de infligir uma ‘derrota estratégica’ à Rússia. Eles pretendem transformar um conflito local em um confronto global. […] Foram eles que começaram a guerra. E nós estamos usando a força para terminar”, declarou.

O discurso veio um dia depois da ida de Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, à Kiev, em uma clara declaração de apoio à Ucrânia. Na ocasião, Biden reforçou o suporte e anunciou o envio de armamentos ao país invadido.

O presidente russo, Vladimir Putin, também anunciou a suspensão da participação do país no último acordo de controle de armas nucleares, o Novo Start, firmado junto com os Estados Unidos. Em meio à guerra na Ucrânia, a declaração aumenta a tensão entre Washington e Moscou.

“Nós sabemos, com certeza, que alguns políticos em Washington já estão pensando na possibilidade de [realizar] testes naturais de suas armas nucleares, incluindo o fato de que os Estados Unidos estão desenvolvendo novos tipos de armas nucleares”, afirmou Putin.

Segundo informações da Associated Press, o presidente disse que a Rússia não seria o primeiro país a testar armas, mas que “se os Estados Unidos testarem, nós também iremos”. Putin ressaltou que não sairá do pacto totalmente, apenas do Novo Start.

 

Novo Start

Assinado em 2010 pelo presidente norte-americano Barack Obama e o presidente russo Dmitry Medvedev, o Novo Start limita os dois países a ter no máximo 1.550 ogivas nucleares e 700 mísseis e bombas. Em 2021, o acordo foi renovado por mais cinco anos.

As inspeções de instalações militares dos EUA e da Rússia foram interrompidas por ambos os lados por causa da pandemia de covid-19 em março de 2020.

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