Segundo informações do colunista Guilherme Ravache – Splash, divulgadas nesta terça-feira (28/03/2023), a Globo divulgou internamente seus resultados de 2022. Novamente, a empresa fechou o ano com prejuízo. O valor foi de R$ 41 milhões negativos no ano passado. Em 2021, o prejuízo havia sido de R$ 121 milhões.
Fechar o ano no vermelho nunca é bom, mas diante do cenário econômico difícil, uma eleição presidencial altamente polarizada e tendo de pagar o prejuízo da Copa do Mundo, a sensação é de que poderia ter sido bem pior.
“Os custos de amortização dos direitos da Copa do Mundo acabaram por consumir os resultados acumulados dos três trimestres anteriores”, disse Paulo Marinho, diretor-presidente da Globo, no comunicado interno enviado para os funcionários com os números divulgados pela coluna do Splash.
A publicidade digital da Globo teria crescido mais de 30% em 2022 e o Globoplay mais de 20%.
Recorde de Publicidade
O prejuízo com a Copa do Mundo pesou no resultado, mas também ajudou a publicidade a bater recorde como um todo.
Houve um aumento de R$ 684 milhões na receita de publicidade, chegando a 9,107 bilhões, ou 60% da receita do grupo. Anúncios em programas e eventos como Copa do Mundo, BBB 22, Rock in Rio e a novela “Pantanal”, além da publicidade digital e merchandising no BBB 22, foram os principais contribuintes. O crescimento da publicidade foi de 8% em relação ao ano anterior.
No acumulado de 2022, a receita líquida da Globo aumentou 5% (R$ 739 milhões) em relação a 2021, totalizando R$ 15,168 bilhões. Em 2021, o faturamento havia sido de 14,429 bilhões.
Acordos com outras empresas, inclusive concorrentes, como o realizado para a transmissão dos jogos da Copa do Brasil com a Amazon, trouxeram um crescimento de R$ 96 milhões em outras receitas, chegando a R$ 625 milhões. O segmento de outras receitas cresceu 18%, chegando a 4% do faturamento total.
Acordos com outras empresas, inclusive concorrentes, como o realizado para a transmissão dos jogos da Copa do Brasil com a Amazon, trouxeram um crescimento de R$ 96 milhões em outras receitas, chegando a R$ 625 milhões. O segmento de outras receitas cresceu 18%, chegando a 4% do faturamento total.
A receita de conteúdo teve uma redução de R$ 41 milhões por conta da queda em assinaturas de TV a cabo e da venda da Som Livre, cuja receita contribuiu por apenas três meses em 2022. “Os bons números do Globoplay, com crescimento do número de assinantes, ajudaram a compensar a queda”, afirmou Marinho. O faturamento com conteúdo encolheu 1%, ficando em 5,437 bilhões.
“Apesar de Cortes, custos sobem”
Uma notícia que pode surpreender a muitos é que, mesmo após anos de duros cortes e demissões, os custos da Globo subiram R$ 660 milhões apenas em 2022. Além da inflação, o fato é que cortar também custa. A demissão de funcionários com décadas de casa também impacta o resultado com custos de rescisão.
“Apesar de termos alcançado uma melhora, fechamos o ano com resultado negativo”, disse Marinho, que sinaliza que as mudanças na empresa devem continuar. “Um cenário que exige uma atuação ainda mais conectada com nossos objetivos de conduzir a empresa para um futuro sólido e sustentável, revisitando custos, adotando novas práticas e tomando decisões assertivas e alinhadas à nossa estratégia”.
O executivo diz ainda que “este exercício precisa ser contínuo e se mostra necessário neste e nos próximos anos. Assim, seguiremos firmes na construção de uma Globo ainda mais eficiente, competitiva e relevante para a evolução da sociedade e do país”.
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