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Ativação do 5G no Brasil terá prazo cumprido, diz CEO da fabricante sueca Ericsson

Em encontro com jornalistas realizado ontem (17/03/2022), o CEO da fabricante sueca de telecomunicações Ericsson, para o Cone Sul da América Latina, Rodrigo Dienstmann, disse que apesar do cenário macroeconômico instável no país, a implantação do 5G nas capitais brasileiras não vai atrasar e que há estoques disponíveis para cumprir o prazo determinado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), até o dia 1º julho as novas redes devem ser ativadas.

O executivo também falou sobre as questões regulatórias para a implantação do sistema 5G no Brasil em comparação aos outros países, além do desenvolvimento dos testes e projetos pilotos estão sendo realizados pela Ericsson em parceria com empresas, indústrias e universidades.

Em relação a investimento, a companhia garante que R$ 1 bilhão será investidos em tecnologia 5G até 2025, com a ampliação da fábrica em São José dos Campos, no país e que a guerra na Ucrânia não vai atrapalhar os planos.

Rodrigo também comentou sobre a questão da escassez de componentes, que apesar do reflexo no custo no curto prazo, as encomendas não serão afetadas e que há estoques de componentes disponíveis para garantir todas as entregas programadas até meados deste ano.

“A nossa estratégia no passado foi fazer um estoque preventivo. Nós temos relativo conforto nesse estoque e agora é fazer uma diversificação na nossa matriz e supply. Seja por modificar o design dos nossos equipamentos, para que eles tenham sempre a opção um componente crítico de dois fornecedores”, explica. “Até o final do segundo trimestre estamos com produção em dia, com nossos clientes sendo implantados. Mas todo dia tenho que olhar nosso relatório de supply para garantir que não houve escorregos em que determinado componente faltou”, conclui Dienstmann.

Mesmo com o dólar caro, operadoras têm pressa

Ainda no encontro, o executivo destacou que a questão da flutuação do dólar provoca a mudança dos contratos com as operadoras de telecomunicações, devido a indexação ao câmbio. Neste caso, com a moeda mais cara, o custo dos projetos crescem e dificultam a sua implantação.

Além disso, segundo o Dienstmann, as operadoras querem acelerar a ativação das redes 5G no Brasil. A nova geração de transmissão traz uma nova possibilidade de geração de receita para estas empresas, com a exploração de oferta de serviços para redes privadas e o fatiamento de rede.

“As operadoras são hoje as principais fornecedoras de redes WiFi para grandes empresas. Com redes privadas elas têm plenas condições de seguir à frente na oferta de aplicações 5G mesmo em espectro não licenciado”, detalhou.

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